Noite Quente em Budapeste


Ainda em Keleti, procurava abrigo para a noite seguinte nos murais da estação, embora fosse cedo e o clima estivesse bem quente, pois era dia 16 de julho. Com poucas opções em seu idioma, foi almoçar num modesto restaurante ali perto. Achando com quem pudesse conversar, embora a compreensão não fosse a ideal, soube de uma mulher que cuidava do estádio de esportes e, vez por outra, abrigava alguns estrangeiros por uns trocados. Foram apresentados, e aparentemente ela era uma corredora profissional, ou maratonista, algo do tipo.


Para levantar uma grana, ela sugeriu que ele tocasse bandolim num grupo local que se apresentaria naquela mesma noite, porque um dos membros da banda havia sido mordido na mão por um cão. Ele topou e foram ensaiar no ginásio. Não podia conter sua admiração ao vê-la correr na pista oval enquanto ensaiavam, a tarde quente o fazia transpirar. Embora não entendendo uma palvra do que era cantado, tocava razoavelmente sem perder o ritmo.


À noite, enquanto tocavam, ela servia drinks e parava corações. Vestida apenas de uma camiseta, shorts e pele, a mera sugestão de seus músculos levava os homens a perder o show. Ouvia-se cochichos pelas paredes quando ela passava, era impossível não notá-la! Aquela noite quente e alegre jamais será esquecida, com certeza!

Mas nada rolou entre os dois, após aquela noite alegre que rendeu o dinheiro da hospedagem, ele partiu no trem da tarde, meio sem rumo, mas com outra dama em mente. Um objetivo grande, um obstáculo ainda maior!

Veja a música oculta aqui
(na foto: zsuzsanna ripli)

Um comentário:

  1. Uhm! Interessante! O ambiente é bom, Hungria! E sei que as mulheres de lá são lindíssimas!
    Muito sugestivo.
    Explora um pouco de sensualidade mas sem banalizar! nos leva a pensar em quantas vezes encontramos pessoas que nos chamam a atenção mas que pelo momento ou situação não vale a pena correr o risco de investir!
    Bom, Muito bom!
    Também gostei do que diz sobre obstáculo!

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