Sinais de Luz


"O farol manda sinais luminosos sobre o vasto oceano.
Ele avista uma embarcação, a pescar em pleno mar
A embarcação avista um farol próximo a um porto.
De longe manda sinais luminosos ao farol.

Uma troca de gentilezas, cumprimentos. Sinais de luz.

O faroleiro quer companhia, alguém a quem possa ajudar
O marinheiro quer companhia, alguém pra lhe escutar

O marinheiro pensa se segue jornada
O faroleiro pensa em tomar um barco e ir até o marinheiro.

Antes disso vem a manhã
Com o tempo, o sol sobrepuja as luzes artificiais
A comunicação se esvai"

O princípio do fim


Sei que já disse que sinto muito, e eu pediria desculpas novamente e diria que te amo se achasse que isso mudaria seu modo de pensar, que você ficaria, mas sei que falei demais, fui muito indelicado, e você já partiu...

Me ajoelharia a teus pés, imploraria por seu perdão, mas sei que é tarde demais e agora não há nada que possa se fazer, então tento rir disso e encobrir tudo com mentiras, escondendo as lágrimas, porque garotos não choram.

Julguei mau os seus limites, achei que voce estava na minha e que precisasse mais de mim e agora faria qualquer coisa pra te ter de volta ao meu lado, mas ao invés disso eu só fico rindo.

Eu lembro do nosso último ano juntos, alguns dias tudo estava bem, mas aí você começava a contar uma história que eu achava chata, eu ficava com aquela cara de desaprovação e pensava em uma frase que te humilhasse em frente de nossos amigos, e você respondia com aquela voz irritante algo como: "Sim, que comentário inteligente, querido! Por que você não toma outra cerveja então?"
Então comessávamos a brigar, todos presentes ficavam sem graça mas eu não dava a mínima.

Lembro de ter dito que você devia chupar muitos limões porque é muito amarga, e de você responder: "Eu deveria ficar com seus amigos, então porque parece que eles são muito adequados" Isso foi infantil! Eu fiquei agressivo e você assustada...

Eu dizia o tempo todo que estava cansado, implicava com tudo, até com seus tênis novos e você dizia: "Meu deus, eu não posso ficar mais incomodada com isso!". Agora parece que posso ler o que você pensava naquela época: "Eu espero não estar presa a esse cara", e de fato, você não estava...


Veja as músicas ocultas aqui e aqui

In English, please


I watch too many TV series, and I'm reading a scientific book entirely in English. There are also some friends of my who are acctually studying this language, and they often ask for help. Since the reading evolves lots of additional research and thinking, lately I've been thinking a lot 'in English'. So, my inspiration, based in one of the TV series, came in English. I hope you English readers enjoy such text I wrote, and are able to figure out which TV series it was based on!


It’s going to be...

Another day you pass
Wasting time playing chess
Entangled on your own mess

Suit up and leave your home
Obey the Bro’s Code as you have done
Make your friends see you are “The One”
Earn the ultimate title of being AWESOME!

Quero gritar



Quando comprei as passagens, não era nele que eu estava pensando! Ele terminou comigo, e daí? Sou jovem, bonita, inteligente... ou pelo menos é isso que todo mundo diz! Mas o que eu preciso agora é recuperar o tempo que perdi, viajar pelo mundo, conhecer lugares diferentes e todas as pessoas bacanas com quem eu cruzar no caminho. Como vou me sustentar? Não importa, eu me viro, contanto que aproveite a vida!

Mas quando vi um recado com seu nome e um número, na minha primeira parada num hotel da Espanha, alguma coisa mudou. Não devia nem ter tentado ligar, mas de qualquer forma, não consegui, deve ter alguma relação com as palavras em espanhol que escreveram no verso do papel.

Continuo minha viagem, mas ainda sinto sua falta. Mesmo numa cama King Size, em qualquer lugar do mundo, eu ouço alguém dizer o seu nome, e acabo vendo seu rosto.
Ando pelas ruas comerciais cercada de menininhos cheios de grana, mas me sinto como se estivese sendo seguida, indo pra um beco sem saída.

Sei que os céus não pareceriam tão altos agora, se no passado não tivesse sido tudo tão ruim, mas ainda acho que meus melhores planos envolvem você vir e acabar com meus sonhos. Nessas horas eu só consigo abaixar minha cabeça, fechar os olhos, e sentir vontade de gritar!

Mas eu não posso parar agora. Um dia eu sei que vou voltar pra casa, mas até esse momento chegar, eu vou seguir em frente.


Veja a música oculta aqui

Flores


Como algo tão simples pode agradar tanto uma mulher?
Talvez seja justamente a simplicidade do gesto, não necessariamente o objeto que as deixa felizes por receber. Você já deu flores a alguém? Numa situação de saúde fraca, numa ocasião alegre, numa festa. A um parente ou àquela por quem esteve inflamado de paixão? Por que não damos flores 'ao acaso', a uma amiga importante, numa data qualquer... só pra que ela lembre que você a considera importante!


Pode parecer uma besteira qualquer, se você for um homem qualquer. Mas pode alegrar o coração de quem você ama.

Esquizofrenia


Conversando com (adivinhe) homens cunhei uma teoria bastante interessante...

Tapa na cara: Toda mulher tem algum grau de esquizofrenia.

Não, eu não estou falando isso apenas pra caçoar. Como a maioria das minhas teorias, esta tem embasamento teórico e prático. Bom, pense no seguinte: o cidadão Jácson acorda de bom humor. Mamãe faz leitinho morno com Toddy e torradas pra ele. Ele sai de casa feliz, vai encontrar com uns amigos no parque, o dia está ensolarado. No ônibus ele cede lugar a uma velhinha simpática, que elogia ele o caminho todo e ainda lhe dá uma bala de canela, daquelas redondinhas. Jácson encontra seus amigos assim que entra no parque, todos estão felizes, cheios de planos e tal. Seu amigo de longa data, o qual ele não via há algum tempo lhe dá a ótima notícia de que está trabalhando numa empresa muito conhecida. Como um verdadeiro mano e amigo, ele fica muito feliz com isso. ENTÃO, chega Cindycreide, uma amiga, da galera. Ele a cumprimenta: "Oi Cindycreide! Tudo bem?"

Legal, mas e ai?

Aí que horas depois Cindycreide está na Lan Rause do Tonhão contando pra amigona dela que o Jácson deu mó mole pra ela!

Na boa, acontece...

O que ele disse foi um "Oi, tudo bem?"; mas o que ela ouviu... sei lá, delirou!

Sim, damas. Vocês são demais, porém tem uma imaginação muito fértil. MESMO.

Em breve dou mais exemplos, verão que estou certo!

Eu sinto muito


Me lembro perfeitamente das últimas palavras que ouvi da sua boca, e isso me dói como nunca antes!

"Desperdicei tudo, apenas pra ver você ir", você me disse com tristeza na vóz, "Embora eu tenha tentado, tudo desmoronou.
Eu me esforço para lembrar a mim mesma o quanto eu realmente tentei apesar do jeito que você estava me gozando, agindo como se eu fosse parte da sua propriedade, lembrar-me de todas as vezes que você brigou comigo.
Me surpreende que isso tenha chegado tão longe. As coisas não serão mais do jeito que eram antes.
Mas tudo volta para mim no fim porque guardei tudo dentro de mim... Eu tentei tanto e cheguei tão longe... mas no fim, isso não tem a menor importância!"

Agora eu penso nisso e sinto a agonia de estar preso a uma teia de aranha, sem saída, por causa da lembrança de todas as coisas estúpidas que eu disse quando perdi a cabeça. Estou preso nessa teia e quando tentei correr, fugir, vieram também as lembranças de todas as coisas estúpidas que eu fiz.

Eu não pretendia lhe causar problemas... eu não pretendia magoá-la, e se eu alguma vez o fiz, saiba que eu nunca tive a intenção.

Eu sinto muito! Eu realmente sinto muito!

Veja as músicas ocultas aqui e aqui.

Noite só


Por mais que eu quisesse que tudo fosse diferente não posso negar o fato: em noites frias e solitárias eu me apercebo de que não consegui tirar você da minha cabeça. Parecia uma questão de tempo, mas não é tão simples.

Em um lindo oceano, corais vermelhos e azuis, num pequeno barco só você e eu. Sinto seu cheiro, e seu toque, mas tudo acaba quando acordo.

Tentei de todo jeito deixar o isso para trás, afinal, já me acostumei com a idéia de não ter você por perto... mas não dá! Cada pedaço de mim contém uma memória de você.

Quando ouço teu respirar meu mundo dá voltas, mas tua sombra não repousa junto à minha, eu acordo, era só a brisa do mar. Trabalho, e estou em paz durante o dia... mas quando chega o momento de repouso, então eu sinto seu toque, sua respiração junto à minha. E outra vez meu mundo fica de ponta-cabeça.

Tenho seus dedos como que tocando minha pele, sua imagem gravada no no meu peito, cauterizada. Os meus lábios ainda queimam sentindo saudade dos seus. És algo contra o qual eu não posso lutar.

Mas resides apenas em meus sonhos, não é nada que eu possa evitar.

Veja as músicas ocultas aqui e aqui.

Obs.: Com excessão dessa linha e da formatação, todo esse post foi redigido no software "Dasher" em apoio ao projeto.

O contador de histórias


Na ultima cidade em que passei, andando pela rua, distraído com meus pensamentos, avistei uma figura curiosa, uma espécie de contador de história... sem saber ao certo pra onde eu estava indo, resolvi parar pra ouvir uma história que estava em andamento, uma história que me lembrou literatura de cordel, que meu avô gostava de ler.
Quando a meia duzia de espectadores se dispersou, ele me olhou fixamente, como se estivesse tentando ler meus pensamentos... resolvi colaborar com seus esforços. Disse àquela pequena figura que, eu, pensando em minhas experiências, tentava descrever o amor.
Tentando ajudar, ele dissertou sobre o assunto baseado nas suas prórpias aventuras:

"Um belo dia a gente acorda e acha que um filme passou por a gente muito rápido, tão rápido que, sem a gente perceber, parece que já se anunciou o episódio dois. As emoções viram luz, e sombras e sons, movimentos, e o mundo todo vira só dois, dois corações bandidos enquanto uma canção de amor persegue o sentimento.
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica, sei da felicidade, da dúvida, dor de barriga...
Amor é drama, aventura, mentira, comédia romântica. O amor é um filme em que só Deus é espectador!"

Depois dessa descrição, fiquei em dúvida sobre se um dia eu chegei a experimentar de verdeda o amor...

Veja a música oculta aqui

Noite Quente em Budapeste


Ainda em Keleti, procurava abrigo para a noite seguinte nos murais da estação, embora fosse cedo e o clima estivesse bem quente, pois era dia 16 de julho. Com poucas opções em seu idioma, foi almoçar num modesto restaurante ali perto. Achando com quem pudesse conversar, embora a compreensão não fosse a ideal, soube de uma mulher que cuidava do estádio de esportes e, vez por outra, abrigava alguns estrangeiros por uns trocados. Foram apresentados, e aparentemente ela era uma corredora profissional, ou maratonista, algo do tipo.


Para levantar uma grana, ela sugeriu que ele tocasse bandolim num grupo local que se apresentaria naquela mesma noite, porque um dos membros da banda havia sido mordido na mão por um cão. Ele topou e foram ensaiar no ginásio. Não podia conter sua admiração ao vê-la correr na pista oval enquanto ensaiavam, a tarde quente o fazia transpirar. Embora não entendendo uma palvra do que era cantado, tocava razoavelmente sem perder o ritmo.


À noite, enquanto tocavam, ela servia drinks e parava corações. Vestida apenas de uma camiseta, shorts e pele, a mera sugestão de seus músculos levava os homens a perder o show. Ouvia-se cochichos pelas paredes quando ela passava, era impossível não notá-la! Aquela noite quente e alegre jamais será esquecida, com certeza!

Mas nada rolou entre os dois, após aquela noite alegre que rendeu o dinheiro da hospedagem, ele partiu no trem da tarde, meio sem rumo, mas com outra dama em mente. Um objetivo grande, um obstáculo ainda maior!

Veja a música oculta aqui
(na foto: zsuzsanna ripli)

Casual


Baldeação do trem é sempre um tédio. Mas numa noite linda de lua quarto-crescente, parece bem mais convidativo. Ele se recosta no parapeito do terceiro andar de um café, e observa a lua por entre umas poucas nuvens logo acima dos prédios. A iluminação no café parece um tanto remota naquele parapeito, e a luz mais forte é a que vem de cima do prédio. No andar debaixo, cuja varanda se estenda uns dois metros mais próximo à rua, uma moça debruçada sobra o parapeito chama a atenção pelo volume de sua bagagem aos seus pés.

Alguns segundos foram perdidos observando a moça do andar debaixo, que estava bem à vontade olhando pra frente. Ele nem notou quando a lua se escondeu por entre as nuvens. Após o fim do espetáculo lunar, a moça passou a observar as pessoas na praça à frente do café. Dois passinhos para a esquerda e a sombra dele estava oculta sob a dela. Certamente ela notou, mas para não dar pontinhos para o dono da sobra ela se recusou a olhar para trás e continuou vendo as pessoas na praça.

Ah, ele não resistiu! Pôs-se a fazer movimentos engraçados com os braços, de modo que na sombra parecessem os dela. Penteava o cabelo, batia continência, mandava beijos... mas quando ele fez que tocava guitarra ela não se conteve e soltou um riso. Vitória! Ela olha para cima afim de ver quem é o doido, e ele se dá conta de algo "Por que eu comecei com isso? Pirei!"

A reação dela foi de espanto, havia algo de incomum no rapaz do andar de cima, mas a luz que lhe ofuscava não favorecia uma análise. Mas de algo não restou duvida, ele tinha senso de humor. Viu ele fazer um sinal pedindo que o esperasse ali, e passou a pensar se dava uma chance para o rapaz. Podia ser um tolo oportunista qualquer, ou um bom rapaz com senso de humor e criatividade. Como saber? Mas será que valia a pena esperar pra ver? Já está cansada de caras assim em sua vida. Mas como muitas mulheres, a jovem pensou demais e não teve tempo de agir, quando se deu conta o topete do rapaz já figurava desvencilhando-se das pessoas no interior do café com sua bagagem em mãos.

Pisou no pé de duas senhoras, e parou para pedir desculpas, mas atravessou o café arfando, com um objetivo à sua frente. Ao descer os degraus atá o andar debaixo não pensava em outra coisa, senão em como seria o rosto da jovem de cabelos longos envolta na escuridão que havia no parapeito. Ao adentrar o salão e visualizá-la novamente de frente à praça suas mãos suavam ainda mais. Não que já não tivesse abordado moças desconhecidas antes, mas tudo era novidade outra vez.

Decidida a não decidir mais nada, as pessoas na rua não eram capazes de distraí-la do que ela sabia se aproximar aos poucos, sem fazer som notável, a sobra do rapaz desconhecido mais uma vez se juntava à dela, mas desta vez na mesma proporção. Era o momento, ela se virou, mas não foram os olhos do rapaz que lhe cativaram a atenção no primeiro olhar...

Acompanhando aqueles lindos cabelos, veio um olhar muito complexo em sua direção. Na verdade ele não se ateve muito ao olhar, depois de notar um rosto familiar e aquela manchinha no decote, não teve duvidas: era com ela que ele iria pegar o trem da meia-noite!

Veja a música oculta aqui

Crianças Únicas


Havia um rapaz, que ainda bem jovem, esteve envolvido em um acidente de carro. Seus pais, nos bancos dianteiros do carro não se feriram, tampouco ele próprio saíra machucado. Mas o rapaz que antes tinha seus cabelos abundantes e negros, agora tinha todos os fios de sua cabeça brancos como a neve!

Quando seus colegas de escola perguntavam-lhe por que o cabelo dele agora era branco ele dizia "Eu não sei, acho que foi a batida forte do carro que fez ficar assim".

Na mesma escola estudava uma garotinha magra e bonita. Após as aulas de educação física ela nunca se trocava perante as outras meninas e ninguém sabia o porque. Depois de muita insistência, todas suas amigas ficaram espantadas ao ver seu corpo repleto de marcas de nascença.

Ela não sabia explicar aquilo, quando lhe perguntavam por que havia tantas marcas ela dizia: "Eu não sei, elas sempre estiveram onde estão".

Certa manhã estava o menino com seus pais na igreja. Ele não gostava de lá, e se sentia muito incomodado quando seus pais dançavam e rolavam no chão. A menina da escola também não entendia esse comportamento na igreja e ambos ficavam reclusos.

Ela lhe perguntou por que os pais dele estavam a rolar no chão, ao que ele disse: "Eu não sei nós sempre viemos aqui".

Veja a música oculta aqui

Origem das Tradições


Já assistiu "Quatro casamentos e um funeral"? Pois é... nos próximos três meses eu tenho quatro casamentos e o funeral da minha conta bancária pra assistir. Mas é a vida!

Pra um desses casamentos, o da minha amiga amissíssima Shilei, eu estou fazendo o convite. Depois de algumas opções ela decidiu por um 'estilo jornal', bem descontraído, com um desenho de linha no meio e umas piadinhas por causa da demora do casamento. Eu, particularmente, achei muito divertido, mas minha mãe ficou chocada dizendo que é informal demais pra uma ocasião tão solene.

Minha mãe é um tanto tradicionalista e quando eu, um dia, assim num papo desimportante sobre vestidos de noiva, disse que não queria me casar de branco, ela reagiu como se eu tivesse dito que queria matar meu pai (isso porque foi só um comentário... nem 'previsão de previsão' pro meu casamento eu tenho).

Depois disso estive pensando... casamento é uma ocasião cercada de tradições e costumes que os noivos são obrigados a obedecer, queiram ou não, e nem questionam, porque não querem ofender a sociedade que nos empurra pras tradições de uma forma que não temos saída. Ou fazemos assim, ou causamos uma revolução que pode atingir proporções catastróficas que vai acabar com seus primeiros dias (talvez meses ou até anos) na nova vida de casado. Não é exagero, gente!...

Como essas frescuras, opa! essas tradições começaram? Algumas informações interessantes que colhi por aí, internet a fora:

A cerimónia de casamento nasceu na Roma antiga, incluindo o ritual da noiva se vestir especialmente para a cerimónia, o que acabou por se tornar uma tradição. Foi igualmente em Roma que aconteceram as primeiras uniões de direito e a liberdade da mulher casar por sua livre vontade.

Alguns dizem que buque da noiva tem origem medieval, quando as mulheres levavam ervas aromáticas para afugentar os maus espíritos. Outros dizem que com certeza surgiu na Grécia, onde usavam até alho na confecção pra afugentar mau-olhado. A igreja católica adotou o costume como uma oferenda da noiva à Virgem Maria, como símbolo do fim da virgindade. (eeeh mistureba!!!)

Você sabia que a cor branca do vestido de noiva só virou costume a partir de 1840? No casamento da rainha Vitória com o seu primo, o príncipe Albert. Antes disso, especialmente na Idade Média, não havia cor específica para a cerimônia; a cor mais usada era o vermelho. O branco acabou sendo o preferido, por simbolizar a castidade e a pureza. Particularmente eu preferia um roxinho, azul-bebe... branco é tão sem-graça!

Hijab (véu), quer dizer, em árabe, "o que separa duas coisas". O véu da noiva significa separar-se da vida de solteira, para entrar em uma nova vida; a de esposa. O uso do véu da noiva era um costume também na antiga Grécia, os gregos acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, ficava protegida do mau-olhado das mulheres e da cobiça dos homens. (oh povinho medroso, viu!)

Usar grinalda tá meio fora de moda, mas originalmente o objetivo era que a noiva se distinguisse dos convidados, fazendo com que se parecesse com uma rainha. Tradicionalmente, quanto maior a grinalda, maior é o símbolo de status e de riqueza. Hoje, se você colocar um ninho de passarinho na cabeça, vai parecer ridicula e não rica, mas em casamentos no campo ou na praia, talvez caiba uma grinalda não muito exagerada.

Essa eu achei interessante: a razão da noiva ficar sempre do lado esquerdo do seu noivo tem a sua origem na idade média. O noivo, temendo a tentativa de rapto da noiva, deixava sempre o braço direito livre para tirar a sua espada. A espada também servia pro Ricardão, diminuindo a probabilidade de infidelidade.

A aliança representa um circulo, ou seja, uma ligação perfeita entre o casal. O círculo representava para os Egípcios a eternidade, indicando que o amor no casamento deveria durar para sempre. Os Gregos, após a celebração do casamento, utilizavam anéis no dedo anelar da mão esquerda, acreditando que por esse dedo passa uma veia que vai direto ao coração. E pra variar, os paga-pau dos Romanos adotaram o costume que se espalhou pelo mundo, mas que agora só significa: "eu sou casado, não meche comigo."

Essa eu também achei legal: a origem da expressão Lua-de-Mel tem várias versões. A mais conhecida diz que o termo surgiu com antigas tribos germânicas que se casavam e, durante um mês inteiro, na lua nova, tomavam uma mistura bem doce feita com mel para terem sorte. Outra versão afirma que na Roma Antiga, o homem tinha que capturar a amada e levá-la para um lugar secreto, onde o pai da noiva não pudesse encontrá-los. O casal obrigatoriamente tinha que ficar escondido durante quatro luaus, que duravam cerca de um mês. Nesse período eles bebiam uma mistura afrodisíaca, adocicada com muito mel, até que a mulher se rendesse ao seu novo parceiro. Se foram os romanos ou germânicos os inventores do termo, não faz muita diferença, porque a lua-de-mel, tal como a conhecemos hoje, tem origens nos hábitos ingleses do século XIX. O recém-casado passava uma época no campo para se libertar das obrigações sociais.

Mas enfim... o casamento, sendo tradicional ou não, é uma ocasião muito especial para os noivos, e o papel de nós, organizadores ou expectadores, (além de aproveitar a festa, é claro!) é colaborar pra que restem apenas ótimas lembranças, que, no futuro, farão o casal mais unido ao puxá-las do passado.

Breve

Meu primeiro poema, escrito em 27 de fevereiro de 2009, hoje se torna público. Li uma frase interessante no twitter citando o encanto proporcionado pelo ser humano e suas interações e, ao lembrar do que eu considerei sobre o tempo no primeiro post, lembrei desse poema, que expressa a relatividade do tempo. Sem mais, segue o poema.


Breve

Meio segundo.

Pode ser bastante tempo.
Pode ser até tempo demais,
Mais do que o suficiente
Pra descrever um momento, um sentimento.

Mais tempo do que sua mãe precisou
Pra ver você no ultrassom.
E mesmo antes do médico dizer,
Se menino você iria ser
Sua mãe já tinha certeza que seria um lindo bebê.

Muito mais tempo do que o necessário
A qualquer um de nós
Pra sentir falta do silêncio
Quando alguém ergue,
Feroz e desnecessariamente a própria voz.

Em meio segundo você pode
Matar ou morrer
Derrubar ou erguer.

Como saber sempre o melhor a fazer?

Você tem meio segundo pra decidir
Viajar em pensamento,
Conhecer e descobrir.
Ou então ficar aí.

Já sabe o que vai fazer amanhã?
E na semana que vem?
No próximo ano?
No meio segundo que virá após ler esse texto?

Somos todos efêmeros,
Ínfimos
Enfermos
Infelizes
Infiéis
E ainda assim, infinitamente lindos.

Somos tão frágeis e pequenos
Perante coisas que nós mesmos criamos

Doentes por coisas vãs
Que nos deixam descontentes
Nos preocupam muito,
Ao ponto de adiantarem as cãs.

Os que menos aproveitam a chance que temos
Essa que Deus nos dá,
São os que traem a sim mesmos
E usam os mais sujos meios
Pra chegar em algum lugar.

Ainda assim, somos abençoados e belos,
Até mesmo os mais impuros entre os sujos,
Quando somos motivados a usar,
Ainda que por mero meio segundo
A qualidade suprema, que é Amar.

Leandro Rufino de Amaral

O FIM DO SOL >>> O FIM DO MUNDO


É triste ser portadora dessa notícia, mas eu tenho que contar: Gente... as estrelas morrem! [oooooooooooooooooh!]

Eu sei que não parece. Os admiradores das noites estreladas talvez digam que é mentira, "as estrelas sempre foram as mesmas, e estão no mesmo lugar desde que nasci", e é verdade! O céu, visto daqui da Terra, a olhos nus - e leigos - é o mesmo há séculos. Porém, estrelas nascem e morrem o tempo todo na galáxia.

Agora a parte mais ingrata da minha missão! Contar a vcs que: o sol é uma estrela, portanto ELE VAI MORRER!

Mas por favor, não se deprimam achando que 2012 chegará amanhã [provavelmente não chegará nem em 2012], nós teremos tempo de viver toda nossa vida por aqui ainda, só talvez tenhamos problemas de moradia terrestre quando pudermos viver eternamente.

Quando e como isso acontecerá é uma questão que os astrônomos tentam resolver e para chegar a uma resposta, eles criaram uma teoria, com a qual podemos entender a formação de uma estrela, o que ocorre com ela ao longo do tempo, as mudanças de brilho e tamanho, e várias outras coisas.

Como, então, se pode ter certeza de que a teoria está certa, já que, não podemos perceber as mudanças nas estrelas? O fato é que podemos observar muitas estrelas, com várias idades diferentes. É como se um extraterrestre visitasse a Terra por um dia apenas: ele não poderia ver as pessoas crescendo, já que em um dia não crescemos muito, mas poderia observar que existem bebês, crianças, adolescentes, adultos e velhos. Com um pouco de imaginação, ele poderia entender como é a vida dos seres humanos.

No começo, o Sol era uma gigantesca nuvem de gás e poeira, muitas vezes maior que o sistema solar hoje. Essa nuvem foi se contraindo e se tornando mais densa, até se transformar em uma verdadeira estrela. Isso demorou cerca de 50 milhões de anos.

A partir de então, o Sol entrou em uma fase bem tranquila, na qual ainda se encontra. Seu tamanho e sua temperatura quase não mudam. Pouco varia também a quantidade de energia que ele emite para o espaço em cada segundo, o que chamamos "luminosidade".

Essa fase de "tranquilidade" deve durar, no total, cerca de 11 bilhões de anos. Como ela se iniciou há cerca de 4,5 bilhões de anos, o Sol ainda tem pela frente aproximadamente 6,5 bilhões de anos de tranquilidade [ele é só um adolescente ainda].

Mas, para nós da Terra, essa fase não será tão calma assim, porque a luminosidade do Sol sempre aumenta, ainda que de forma lenta, e deverá dobrar ao final dos 11 bilhões de anos.

O que mantém o Sol nessa fase tranquila é a queima de hidrogênio em seu núcleo. Após 11 bilhões de anos, esse hidrogênio vai acabar. Com a interrupção da produção de energia, o núcleo não conseguirá suportar o peso das camadas mais externas e sofrerá um colapso, e o sol se transformará numa gigante bola fria e vermelha. Depois disso ele vai aos poucos perdendo massa. Nessa fase ele se tonará o que conhecemos por nebulosa. Até que a massa se expande por completo, e o que sobra é a chamada anã-branca, que vai perder energia até virar uma anã-negra, cinza espacial!

Esse será o derradeiro fim do nosso "astro-rei". Afinal, todo rei um dia perde a majestade...

Como dar um fora?

Um amigo meu, que vamos chamar de Bob, precisava dar um fora numa namorada. Acontece que ele ainda gostava dela (paradoxo), e precisava fazer isso de uma maneira especial.

Eles costumavam sair juntos para jantar, num restaurante com música ambiente, blues, jazz, bolero... Ele a convidou para um jantar lá nesse fatídico dia. Após a refeição quase em silêncio, ao iniciar uma música romântica, marcada por batidas leves de bateria e o som em alto volume do baixo, ela e pegou pela mão. Eles não costumavam ir à pista de dança quando iam lá, pois não sabiam dançar...

Ele a trouxe próximo ao corpo, ela com a cabeça em seu ombro, e ele disse a ela o seguinte, de uma maneira difícil de textualizar... Tente ler as palavras de maneira lenta, como que ouvindo a música, com longas pausas... Ele disse, como que em versos, mais ou menos assim:

"Este deve ser o dia mais triste de minha vida.
Eu lhe convidei para vir aqui hoje porque tenho más notícias.

Eu não poderei mais ver você...
...Por conta de minhas obrigações e
Por coisas que te prendem.

Nós temos nos encontrado aqui quase que diariamente,
e visto ser essa nossa última noite juntos,
eu quero lhe abraçar...
só mais uma vez.

Quando você se virar e for embora,
não olhe para trás.

Eu quero me lembrar de você, desse jeito, assim...

(num gesto sutil ele apóia a cabeça dela com ambas as mãos, a olha nos olhos cheios de lágrimas, e após alguns instantes ele diz)

Vamos apenas nos beijar e dizer adeus"

Não, não é mera coincidência...

Leia também Como dar um fora 2

Veja qual é a música oculta: http://migre.me/HaIw

Comunicação vs Tecnologia

Acho que todo mundo já recebeu pelo menos uma vez um e-mail que diz: "vc sabe que vive no século XXI quando..." - eu já recebi um quintilhão de vezes - mas é inegável a realidade por trás daquelas linhas. Quem nunca usou o celular do portão de casa pra falar com alguém lá dentro, ou usou o telefone pra falar com a vizinha, ou com o cara do outro lado do escritório?
Falo agora por minha própria experiência... converso com meus amigos mais próximos, por telefone, Twitter e MSN muito mais do que pessoalmente, a proporção chega a ser absurda! Estão aí meus amigos Finão e Coca que não me deixam mentir.

A nossa geração digital está desenvolvendo uma forma de comunicação própria, e nos entendemos muito bem, obrigada!, mas nossos pais e tios da geração passada com certeza diriam que eram mais felizes e que tinham formas de comunicação mais saudáveis! (os daqui de casa não cansam de dizer isso). Apesar de sermos capazes de refutar esse tipo de argumento facilmente eles não deixam de ter uma certa razão.
O entendimento é seriamente comprometido em formas de comunicação indireta. 80% das informações em e-mails dão margem para interpretação incorreta, e qualquer pessoa que tenha uma conta de e-mail sabe que o disse-me-disse na internet tem dado origem a aterradoras teorias de conspiração, que em parte são causadas por babacas que não tem nada o que fazer, mas também vem de pessoas ingênuas que acreditam em tudo que leem e repassam da forma que entendem.

Lá vai uma pequena histórinha que ilustra o que pode causar a falta de comunicação pessoal:

PRIMEIRA SITUAÇÃO
o casal está sentado na sala
- Amor, dá pra você sair meia hora mais cedo amanhã e pegar a Nina na escola pra mim?
- Poxa, querida... queria adiantar o trabalho pra aquela apresentação do cliente de terça, ia ficar até mais tarde no escritório.
- É que tenho que ir numa reunião beneficente no Clube de mães (aqui acrescenta-se uma carinha de gatinho do Shrek), é importante, elas estão contando comigo.
- Ok, trago a apresentação pra montar em casa

SEGUNDA SITUAÇÃO
o casal ao telefone
- Amor, dá pra você sair meia hora mais cedo e pegar a Nina na escola pra mim?
- Você sabe que eu queria adiantar o trabalho pra aquela apresentação do cliente de terça, ia ficar até mais tarde no escritório.
- É que tenho que ir numa reunião beneficente no Clube de mães, é importante, elas estão contando comigo.
- Ok, levo a apresentação pra montar em casa, mas vê se não demora lá einh!

TERCEIRA SITUAÇÃO
ele recebe um torpedo
- Amor, dá pra vc sair + cedo e pegar a Nina na escola pra mim?
ele responde
- Vc sabe que eu n posso!
- Tenho uma reunião importante, tão contando cmgo!
- Meu tblho n é important? Eu vo, ms esteja em casa as 20h!

QUARTA SITUAÇÃO
a secretária entra na sala
- Sua mulher mandou avisar que é pra o senhor pegar a Nina na escola que ela tem uma reunião no clube.
- O que? ela enlouqueceu? Preciso preparar uma apresentação, ela sabe disso (ele colou um post-it na geladeira ontem) e vai me atrapalhar por causa de uma reuniãozinha social naquele clube inútil?
o divórcio saiu três meses depois


KARAOKÊ

Na vida real os karaokês, videokês e sei-lá-okês só têm música brega. Mas, isso é uma crônica, e crônicas não necessariamente devem reproduzir a vida literalmente. No meu mundo ideal, os karaokês, videokês e sei-lá-okês têm músicas novas, que quase ninguém conhece, uma lista quase infinita de músicas e atualizações praticamente diárias. Sim, eu viajei.

Mas a história é sobre dois amigos. Amigos de berço, tão unidos que há quem pense que são irmãos e outros, bom, outros dizem que não passam dum casal mal-avisado que não enxerga a vida real e não vêem que são mais que amigos. Cresceram juntos, estudaram juntos, viajavam juntos. E, um dia, sabe-se lá porque cargas d'água resolveram cantar jutos.

Não que eles nunca tivessem cantado juntos, faziam isso sempre. Mas, geralmete, era quando estavam sonolentos na praia, com aquela brisa fresca que faz com que relaxemos até a alma, sozinhos e na frente de casa, esperando alguém chegar com a chave (os dois avoados sempre esqueciam a chave). Mas dessa vez, cantaram juntos no karaokê, na frente de desconhecidos.

Enfim, cantaram. Afinados, um dueto lindo. Não perguntem a música, faz muito tempo, nem me lembro. Mas cantaram belamente, ela com sua voz aguda - meu Deus, chega a incomodar - e ele, com a voz doce, mas grave. Cantaram como se não tivesse ninguém no recinto, dançando da maneira que lhes vinha em mente. Estavam felizes, dois tímidos que agora podiam cantar no karaokê.

Daí então resolveram fazer isso mais vezes. Perderam por todo a timidez, começaram a sair com outras pessoas, começaram a formar grupos distintos: ela andava com patricinhas em geral e ele com os metaleiros - tão colegial isso, meu Deus, mas eles não enxergaram. Seis meses depois do episódio do karaokê mal se viam e se falavam. Nem se conheciam mais.

E passou-se um ano. Um ano inteiro nessa situação, mas sempre se citavam em conversas, sentiam falta um do outro, mas não conseguiam se reaproximar. Mania do ser humano de criar barreiras para não se aproximar do que sente falta, por puro medo. Enfim, um ano. Mas, num belo domingo à noite, se encontraram. Num bar-karaokê (porque domingo é noite de 'programa-família'). E tocou a dita música, a que fez com que mudassem. Aí, vocês vão advinhar o final: cantaram juntos, voltaram com a amizade, casaram-se e viveram felizes para sempre! - acertamos?

Hmm, não. Erraram: não cantaram, apenas cantarolaram em seus lugares enquanto ouviam um casal desafinado assassinar a pobre música. Trocaram meia dúzia de olhares, um ou dois sorrisos, e assim ficou.

Mas aí... bom, aí que eles tinham amigos em comum que juntaram as mesas e os dois começaram a conversar. E colocaram assuntos em dia, lembraram-se dos bons tempos e esqueceram porque não eram mais companhia um pro outro. Agiam novamente como melhores amigos. Incrivelmente, daquela noite em diante, voltaram a andar juntos, como irmãos novamente. 

Pra resumir a história, algum tempo depois ela casou aos 24 com um amigo dele e ele aos 25, com uma moça que conhecera numa de suas viagens à praia. Ela tem uma menina e ele, um menino. São vizinhos, cantam em duetos ainda e toda sexta-feira se juntam pra comer pizza. Diz a lenda que nunca mais cantaram a infeliz música que os separou, mas o karaokê continua sendo o lugar preferido dos dois, seja pra cantar, seja pra assistir. Porque aquela noite mudou suas vidas e seus futuros, mas ainda assim, eles se agradavam de lembrar e imaginar o que teria acontecido se não tivessem perdido a timidez.

Teoria da Atração Discreta – Relato nº1


>Situação
Rodízio de pizza com amigos.

>Ambiente
Restaurante familiar, que serve rodízio de pizzas, com cerca de 23 opções no cardápio. A maioria das mesas agrupa mais de 4 pessoas, em geral os freqüentadores são grupos de amigos. Todos os garçons são mulheres, entre 22-34 anos aproximadamente, com uniforme nas cores do logotipo da empresa, vestindo um avental longo. As pizzas costumam ser oferecidas em intervalos que vão aumentando conforme o grupo passa cada vez mais tempo à mesa. Quando a maioria das pessoas na mesa rejeita a maioria das diferentes, por regra da casa, as garçonetes perguntam se os clientes desejam comer alguma pizza em especial. Na maioria das vezes os pedidos são atendidos num intervalo de 4-18min. Só param de servir quando todos se manifestam satisfeitos.

>Raio X da ocasião
Havia uma grande mesa com cerca de 10 lugares, dos quais apenas 2 estavam vagos, com amigos meus. Cheguei ligeiramente mais tarde que os outros, com mais dois amigos e três amigas. Naturalmente, meus amigos foram à frente e juntaram-se ao grupo. Não havendo mais lugares com os outros, e dada a impossibilidade logística de acrescer-se mais uma mesa, sentamos numa mesa á parte eu e as três jovens. Visto que viemos todos de outro compromisso, estávamos vestidos com roupas formais, terno, gravata, saias e vestidos (em seus respectivos corpos, claro!).
Estávamos todos à vontade, comendo, rindo conversando, mas por motivos óbvios, pouco interagindo com o grupo maior. Após um bom tempo, as meninas comigo estavam relativamente satisfeitas com a refeição e comiam apenas as pizzas doces. Então, como era de se esperar, a garçonete perguntou pela primeira vez se queríamos um sabor específico de pizza. A tal pergunta uma das moças comigo se manifestou: “Eu quero pizza de capuchino”, e eu me manifestei dizendo simplesmente “Quatro queijos, por favor”. Em menos de 3 minutos pousava em meu prato uma fatia de pizza de quatro queijos. A garçonete explicou à minha amiga que a pizza solicitada não estava disponível no momento, mas que em breve a traria.
Muito bem, a cena se repetiu, comigo pedindo pizza de alho, portuguesa, morango, pimenta e até mesmo de cogumelo japonês (funghi). Por vezes tínhamos a impressão de que a garçonete (era sempre a mesma que fazia a pergunta, as outras simplesmente ofereciam o que tinham em mãos) saía imediatamente de nossa mesa em direção à cozinha e a pizza na bandeja que ela carregava simplesmente se metamorfoseava na pizza que eu havia solicitado, então ela dava meia volta e me trazia a tal. Macacos me mordam se eu estiver exagerando, mas eu pedi umas 5 pizzas e fui prontamente atendido em todas as vezes. Pode parecer sacanagem, mas a mesma menina sempre repetia cada vez mais indignada: “Pizza de capuchino, por favor. Faz tempo que estou esperando!”
Já discutíamos o assunto na mesa desde a segunda vez em que o pedido da pizza de capuchino não foi atendido, e rimos muito com isso. Relatos muito semelhantes foram compartilhados com os outros na mesa. Até que nos veio a idéia de realizar o teste final. Ao ouvir novamente a bendita pergunta “Vocês desejam comer alguma pizza em especial?” eu, já satisfeito, respondi calmamente olhando a garçonete nos olhos: “Por favor, eu gostaria de experimentar a pizza de capuchino.” Lembra do que eu disse sobre a pizza que se metamorfoseava? Foi o que aconteceu, em menos de 2min eu tinha um pedaço de pizza de capuchino no meu já exausto prato!

>Conclusão
Não, jamais poderia eu descartar a possibilidade de a pizza estar pronta há algum tempo esperando apenas que fosse entregue à nossa mesa pela mesma garçonete, e por conseqüência meu pedido foi atendido tão prontamente. Também é perfeitamente plausível e aceitável que não tivesse nenhuma pizza de capuchino ‘montada’ quando minha amiga pediu uma pela primeira vez, e por isso demorou tanto tempo para que pudessem servi-la.

Mas guardem esse história na memória, vou em breve postar outras semelhantes que vão corroborar uma tese que finalizará essa série de artigos.

Início do Fim dos Tempos

Bem já que ninguém tomou a iniciativa, começo eu a postar...
Não, eu não vou postar sobre o porque do nome do blog, sobre como surgiu a idéia nem nada disso, deixo isso pra Homer Simpson outra pessoa fazer.

Ora, levando em conta que o nome do blog remete à uma data (eu disse que não ia explicar, mas vou usar) e que eu estava brisando meditando sobre coisas complicadas a respeito do tempo, vou compartilhar algumas de minhas conclusões, que certamente serão amplamente difundidas antes de 2012 em toda a comunidade científica.

O tempo. Não podemos vê-lo, tateá-lo, cheirá-lo ou ouví-lo. Ainda assim, ele controla nossas vidas com tamanha maestria que nos mantém trancafiados naquilo que chamamos de 'agora'. O conceito do que é o tempo, e como o vemos determina nossa visão de viagem temporal. Acontece que, paradoxalmente, somente poderemos ter absoluta certeza de qual a teoria mais correta depois de realizada a primeira viagem no tempo (para o passado). Há assim, diversas teorias, em geral bem-aceitas.

Há quem diga que existem múltiplos universos, com o mesmo número de partículas, onde pode haver um átomo de diferença, ou uma completa diferença. Segundo essa teoria, viajar no tempo nada mais seria do que passear por entre os universos paralelos. Há quem discorde e acredite que é simplesmente impossível viajar ao passado porque não é possível mudá-lo. Se você tentasse, por exemplo, matar o seu avô, 'o universo conspiraria para que você fracassasse e por fim não influenciasse no futuro, não podendo assim evitar a própria existência'. Sendo assim, o livre-arbítrio seria uma ilusão e todos estaríamos fadados a um futuro predeterminado. Essa idéia, por sua vez, poderia promover uma anarquia global, pois as pessoas nao teriam senso de responsabilidade por suas ações, afinal... "era meu destino agir assim".

Um cientista renomado está realizando experimentos com partículas afim de enviá-las ao passado. Segundo ele, assim que a máquina que ele está construindo for ligada é muito provável que comecem a surgir partículas vindas do futuro, enviadas pela mesma máquina. Ele refuta, por razões óbvias, a predestinação. Por outro lado, pensando assim, ele não está supondo que sua máquina está predestinada a permanecer ligada por muito tempo e que seja usada para enviar partículas para ele?


Pois é, ninguém é perfeito, mas não precisava se contradizer!

Pois eu analisei os fatos, pesquisei o assunto e cheguei a um conclusão plausível e óbvia.

O conceito aceitável de passado é simplesmente o seguinte, que ele passou. Sim, eu fui redundante para ser irônico.
Eu explico. O tempo não funciona como uma fita cassete, onde tudo fica gravado, mas como uma cachoeira. A única prova que o passado existiu são suas consequências no presente. Aquela pedra sofreu erosão porque a queda d'água constante desbastou-a. Jamais aquela mesma situação, das gotas, das moléculas, dos átomos, elétrons e spin de seus quarcks poderá ser refeita. Ela cumpriu seu papel, tirou uma penca de átomos da pedra e foi embora. Não dá pra fazer aquilo denovo.

O que eu quero dizer, foi expresso pelo astrofísico Marcelo Gleiser com as seguintes palavras: "A viagem para o passado não existe. A idéia viola o princípio da casualidade, que entende que toda série de eventos depende de uma ordem de causa e consequência".

Sendo assim, é razoável aceitar que é impossível voltar no tempo, e me observar escrevendo esse artigo, por exemplo. Afinal, se você porventura o fizesse, estaria causando uma interferência no passado. Não haveria causa no momento em que escrevo isso cuja consequencia fosse você aparecer aqui do nada, vindo do futuro. A causa estaria lá no futuro, quando você entrou na "máquina do tempo".

OK, supondo que você concordou com o que escrevi até aqui... (se não concorda pare de ler e recomende o artigo assim mesmo, não esqueça de comentar)
...pode estar pensando: Ainda assim, se o passado no existe, será que o futuro existe? Eu respondo assim: Não podemos afirmar até onde o futuro existe. Bem causa e consequência, o futuro é consequencia do presente. Se no presente não há razão para que o futuro deixe de existir, o futuro existe. Acontece que, de certa forma podemos ter relativa certeza que o amanhã existe, porque não se tem notícia de um evento que extinguiria o universo em suas quatro dimensões (altura, largura, profundidade e tempo) até a meia-noite de hoje.

Então você diz: "Ah, legal! Eu acredito que o futuro vai existir por muito tempo, dizem que o sol só vai apagar em 5 bilhões de anos! Então eu quero uma máquina para viajar par o futuro e ver como é!"

OK, primeiro considere... Dadas as afirmações anteriores, você vai partir consciente de que jamais irá voltar para o 'presente'. Então, se você viajar, suponhamos, 500 anos à frente, não haverá no planeta ninguém que você conheça mesmo que você tenha uns 1000 "amigos" no orukt. Salvo se consigamos driblar a morte nos primeiros anos depois q vc for. Sem vc pra atrapalhar é bem possível...
Sem poder mandar pro você de agora os resultados da megasena, a cura pro câncer, ou coisa do tipo, não vejo qualquer utilidade pra sua viagem. Não haveria propósito em trocar o agora pelo agora de daqui a 500 anos.

Ainda assim me esforcei e pensei em três coisas legais pra você fazer lá se planejar desde já. Se foi malandro e levou relíquias do passado, como telefone discado, modem 56k, disquetes e outros, e se ainda existir eBay, poderá vender tudo por uma fortuna capaz de te recuperar do rombo financeiro da sua viagem. Pode também ficar rico ou não, Collor! se aplicar bem uma grana. 500 anos dá um bom rendimento mesmo a uma módica taxa de 0,65%a.m. (poupança). Pode arrumar um emprego lá também, se não for muito burro hoje: ser um professor de história moderna, pra contar pros seus alunos como o Corinthians foi pra segunda divisão e voltou, como foi a repercussão mundial do lançamento do revolucionário iPad, ou melhor ainda: conte pra eles como o Brasil ficou chocado ao ver a estudante universitária Geisy Arruda ser discriminada por usar um vestido um pouco curto! SÉRIO, NÃO COMPENSA. Vc só vai querer sair daqui se for um excluído da sociedade(emo) e só vai conseguir se for milionário.
O consolo pra quem não entendeu nada e ainda quer fazer esse tipo de experiência estúpida, mesmo dados os devidos alertas repito,não faça, é que mesmo não havendo a menor previsão de uma máquina que te ajude a viajar com suas bugigangas a uma velocidade próxima à da luz e voltar pra terra (como em Planeta dos Macacos), estamos bem avançados com estudos de criogenia, que poderá te congelar por 500 anos pra descongelar depois. (Avatar) tem o risco de esquecerem você congelado, ou de o mundo acabar em 2012, claro...



Bom, depois de tanto argumentar eu concluí o seguinte:

"A única coisa capaz de voltar no tempo é o pensament, guiado pela lembrança e movido à imaginação."

by Finão