Origem das Tradições


Já assistiu "Quatro casamentos e um funeral"? Pois é... nos próximos três meses eu tenho quatro casamentos e o funeral da minha conta bancária pra assistir. Mas é a vida!

Pra um desses casamentos, o da minha amiga amissíssima Shilei, eu estou fazendo o convite. Depois de algumas opções ela decidiu por um 'estilo jornal', bem descontraído, com um desenho de linha no meio e umas piadinhas por causa da demora do casamento. Eu, particularmente, achei muito divertido, mas minha mãe ficou chocada dizendo que é informal demais pra uma ocasião tão solene.

Minha mãe é um tanto tradicionalista e quando eu, um dia, assim num papo desimportante sobre vestidos de noiva, disse que não queria me casar de branco, ela reagiu como se eu tivesse dito que queria matar meu pai (isso porque foi só um comentário... nem 'previsão de previsão' pro meu casamento eu tenho).

Depois disso estive pensando... casamento é uma ocasião cercada de tradições e costumes que os noivos são obrigados a obedecer, queiram ou não, e nem questionam, porque não querem ofender a sociedade que nos empurra pras tradições de uma forma que não temos saída. Ou fazemos assim, ou causamos uma revolução que pode atingir proporções catastróficas que vai acabar com seus primeiros dias (talvez meses ou até anos) na nova vida de casado. Não é exagero, gente!...

Como essas frescuras, opa! essas tradições começaram? Algumas informações interessantes que colhi por aí, internet a fora:

A cerimónia de casamento nasceu na Roma antiga, incluindo o ritual da noiva se vestir especialmente para a cerimónia, o que acabou por se tornar uma tradição. Foi igualmente em Roma que aconteceram as primeiras uniões de direito e a liberdade da mulher casar por sua livre vontade.

Alguns dizem que buque da noiva tem origem medieval, quando as mulheres levavam ervas aromáticas para afugentar os maus espíritos. Outros dizem que com certeza surgiu na Grécia, onde usavam até alho na confecção pra afugentar mau-olhado. A igreja católica adotou o costume como uma oferenda da noiva à Virgem Maria, como símbolo do fim da virgindade. (eeeh mistureba!!!)

Você sabia que a cor branca do vestido de noiva só virou costume a partir de 1840? No casamento da rainha Vitória com o seu primo, o príncipe Albert. Antes disso, especialmente na Idade Média, não havia cor específica para a cerimônia; a cor mais usada era o vermelho. O branco acabou sendo o preferido, por simbolizar a castidade e a pureza. Particularmente eu preferia um roxinho, azul-bebe... branco é tão sem-graça!

Hijab (véu), quer dizer, em árabe, "o que separa duas coisas". O véu da noiva significa separar-se da vida de solteira, para entrar em uma nova vida; a de esposa. O uso do véu da noiva era um costume também na antiga Grécia, os gregos acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, ficava protegida do mau-olhado das mulheres e da cobiça dos homens. (oh povinho medroso, viu!)

Usar grinalda tá meio fora de moda, mas originalmente o objetivo era que a noiva se distinguisse dos convidados, fazendo com que se parecesse com uma rainha. Tradicionalmente, quanto maior a grinalda, maior é o símbolo de status e de riqueza. Hoje, se você colocar um ninho de passarinho na cabeça, vai parecer ridicula e não rica, mas em casamentos no campo ou na praia, talvez caiba uma grinalda não muito exagerada.

Essa eu achei interessante: a razão da noiva ficar sempre do lado esquerdo do seu noivo tem a sua origem na idade média. O noivo, temendo a tentativa de rapto da noiva, deixava sempre o braço direito livre para tirar a sua espada. A espada também servia pro Ricardão, diminuindo a probabilidade de infidelidade.

A aliança representa um circulo, ou seja, uma ligação perfeita entre o casal. O círculo representava para os Egípcios a eternidade, indicando que o amor no casamento deveria durar para sempre. Os Gregos, após a celebração do casamento, utilizavam anéis no dedo anelar da mão esquerda, acreditando que por esse dedo passa uma veia que vai direto ao coração. E pra variar, os paga-pau dos Romanos adotaram o costume que se espalhou pelo mundo, mas que agora só significa: "eu sou casado, não meche comigo."

Essa eu também achei legal: a origem da expressão Lua-de-Mel tem várias versões. A mais conhecida diz que o termo surgiu com antigas tribos germânicas que se casavam e, durante um mês inteiro, na lua nova, tomavam uma mistura bem doce feita com mel para terem sorte. Outra versão afirma que na Roma Antiga, o homem tinha que capturar a amada e levá-la para um lugar secreto, onde o pai da noiva não pudesse encontrá-los. O casal obrigatoriamente tinha que ficar escondido durante quatro luaus, que duravam cerca de um mês. Nesse período eles bebiam uma mistura afrodisíaca, adocicada com muito mel, até que a mulher se rendesse ao seu novo parceiro. Se foram os romanos ou germânicos os inventores do termo, não faz muita diferença, porque a lua-de-mel, tal como a conhecemos hoje, tem origens nos hábitos ingleses do século XIX. O recém-casado passava uma época no campo para se libertar das obrigações sociais.

Mas enfim... o casamento, sendo tradicional ou não, é uma ocasião muito especial para os noivos, e o papel de nós, organizadores ou expectadores, (além de aproveitar a festa, é claro!) é colaborar pra que restem apenas ótimas lembranças, que, no futuro, farão o casal mais unido ao puxá-las do passado.

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